Nesta quarta-feira (07/12), foi realizado o lançamento do Anuário de Mercados Ilícitos da Fiesp 2018-2022 na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O evento teve como objetivo apresentar os resultados do monitoramento do período, obtidos através de análises de cenários sobre o comércio ilícito, visando elevar o nível da discussão e a compreensão sobre os riscos e respectivas medidas preventivas acerca do tema.
A abertura do evento foi realizada pelo Presidente do Ciesp, e 1º vice-presidente da Fiesp, Rafael Cervone, que destacou a extrema importância para a indústria e a sociedade. Ele classificou o combate à pirataria e à ilegalidade como ação absolutamente fundamental para a promoção de um país mais justo e digno e enalteceu a união de vários atores nesse objetivo.
Em seguida, Carlos Erane de Aguiar, Presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa e Diretor Titular do Departamento de Defesa e Segurança (Deseg) da Fiesp, disse que os números produzidos pelo mercado ilegal em São Paulo são surpreendentes, pois mostram a força das redes criminais e seus impactos.
Em um dos painéis do debate, apontou-se que o controle logístico é essencial, pois encarece o custo do transporte do ilícito nas entradas, saídas e rotas de circulação no país, especialmente via portos e rodovias. Da mesma forma, deve-se evitar que o dinheiro obtido de forma ilícita se torne lícito, com investigação efetiva e bloqueios, ou seja, a descapitalização do sistema.
Para o comandante do 6º Batalhão da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, Tenente coronel da PM Pedro Luís de Souza Lopes, essa descapitalização das quadrilhas é uma das pontas estratégicas de ação, bem como o uso de novas tecnologias e o diálogo entre a polícia e a sociedade civil.
David Luna, convidado especial, trouxe sua experiência internacional para o debate. Em sua avaliação, o mercado ilícito tem crescido no Brasil e o Anuário apresenta dados críticos que pedem o estabelecimento de parcerias e políticas públicas na estratégia de combate a esse tipo de crime, além do desenvolvimento de ferramentas e medidas preventivas, pois os prejuízos envolvem custos econômicos, insegurança pública e até o desenvolvimento nacional. Ele exemplificou a situação amazônica, com a convergência do tráfico de drogas, índices de homicídio e violência, fatores que pedem a atenção das autoridades e a oferta de qualidade de vida às comunidades.
Por fim, Roberto Costa, diretor do Deseg, reforçou as reflexões trazidas ao debate, com o entendimento que a economia ilícita é grave para o mercado como um todo, além de gerar diversas questões, como a violência, insegurança à saúde pública, concorrência desleal e o encarecimento do preço dos produtos, em função dos custos da proteção patrimonial, entre outros fatores.
Também estiveram presentes na sede da FIESP, Sr. José Cláudio Manesco, Vice-Presidente Executivo do SIMDE e Diretor do DESEG da FIESP, e o Sr. Nilson Soilet Carminati, Vice-Presidente de Relações Institucionais do SIMDE e Diretor do DESEG.
Acesse o Anuário de Mercados Ilícitos da Fiesp 2018-2022 pelo QR CODE abaixo:
Fotos de: Ayrton Vignola/FIESP
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